Entre um final de semana e outro, na década de 80,sempre passávamos na Churrascaria Três Irmãos para deliciar o mais saboroso galeto gratinado de Alagoas, quiçá do Brasil. Entre as mesas lotadas de famílias e amigos, circulava de forma alegre e cordial, um homem de baixa estatura, que aparentava ter no máximo 40 anos. Quem era?, Era o Dono do Nero.
A Churrascaria, uma homenagem aos seus três filhos, Nelsinho, André e Carlos Filho, cuja foto dos três abraçados está no salão principal do estabelecimento comercial.
Por um acaso do destino, anos depois me tornei amigo de seus filhos, mais notadamente de André e Nelsinho, com quem desfrutei de uma inesquecível viagem em família para Foz do Iguaçu. Com André, a convivência foi mais constante, fui seu colega de trabalho, por certo André é um homem de temperamento forte, mais de uma solidariedade e companheirismo sem tamanho.
Recordo-me também de que, em certa feita, um grupo de amigos de Paripueira capitaneado por Abrahão Moura, fizemos um passeio para Foz do Velho Chico, levei meu filho Arthur com 8 anos a época, voltou encantado com Carlinhos, pois entre tantos adultos, foi mais carismático e atencioso com ele.
O Nero era a atração a parte da churrascaria, um Leão de origem africana, um grande felino com pelagem de coloração castanha, ficava no ambiente externo, em uma espécie de gaiola há sombra de uma mangueira, e atraia a atenção de todos.
Carlinhos foi indiscutivelmente um dos maiores foliões do carnaval de Paripueira, foi também um exímio contador de historias, sempre regada por riqueza de detalhes na suas narrativas. De fino trato com as pessoas, envolvente com as crianças, amigo dos amigos, sempre cativou a atenção das pessoas a sua volta.
Vai com Deus Amigo.
Vai com Deus dono do Nero.