Por Sérgio Alencar
A origem da expressão criada no imaginário nordestino, tem como protagonistas três figuras: um vigário, um sacristão, e uma beata “Maria Preá”.
A citação e utilizada para finalizar um assunto mal resolvido, por vezes quando uma discussão chega ao ponto limite inaceitável, ou até mesmo para apaziguar uma situação que poderia chegar às vias de fato. Em resumo, serve para encerrar uma conversa.
A “historia” e mais ou menos assim:
Um famoso vigário tinha o costume de dar “uns pegas”, e uma paroquiana bem-apessoada que atendia pelo nome de “MARIA PREÁ”, ocorre que certo dia, o vigário foi flagrado pelo sacristão dentro do confessionário, com a dita- cuja da beata bem na hora dos finalmente.
Pronto, acabou o sossego da autoridade religiosa local, desse dia em diante, era uma chantagem atrás da outra.
– Vossa Eminência, estou necessitando de pintar a minha casa.
– Meu querido sacristão, a carestia esta tomando conta da igreja, estou mais liso do que o cabelo de Wesley Safadão.
– Vossa Reverendíssima, não esqueça Maria Preá!
Quinze dias depois, lá vem o maldito sacristão cheio de “munganga”, para marretar o pobre do vigário.
– Vossa Santidade, minha geladeira está vazia, e o senhor sabe, “saco vazio não para em pé”.
– Chega, chega seu “fila duma égua” não vou ceder as suas chantagens, não tenho dinheiro, estou mais liso do que prostituta em dia de sábado de aleluia.
– Vossa Reverendíssima, não esqueça Maria Preá!
Todavia como diz o ditado popular: “um dia é da caça, outro do caçador”. Eis que o vigário sai em sua charrete com destino a um povoado por nome de “Caga Chapéu”, ao passar ao lado de uma moita de marmeleiro, vê um movimento suspeito e resolve averiguar, para a sua surpresa, flagrou o sacristão na posição em que “Napoleão perdeu a guerra” (ajoelhado com a cara no chão), acasalando com um “pivetão” conhecido na redondeza com “Mané da Jega”, socando o dito-cujo aonde as costas muda de nome, enfiando a “mandioca” até o talo.
– Que safadeza é essa sacristão? Você num tem vergonha não, seu “baitola”? É como disse o Padre Cícero: “ é o fim das eras”.
– Ave Maria seu vigário, não é nada disso que senhor está pensando, o senhor tá vendo uma visagem, pelo amor de Deus não conte nada a ninguém.
– Olha aqui seu “fubento da gota-serena”, eu não vou conta essa sua pouca-vergonha a ninguém, mais vou lhe dar um recadinho, a parti de hoje: “MORREU MARIA PREÁ!”.